Intoxicação por Drogas de abuso - Maconha

A canábis, mais conhecida como maconha é uma entre muitas droga utilizada por crianças, adolescentes e adultos com a finalidade de alterar o estado mental e de induzir sensação de prazer. A maconha passou a ser um ''problema social'' no seculo passado, sendo banida na década de 30. Em alguns países a maconha foi sendo relacionada aos crimes, à degeneração psíquica e também marginalização do individuo. A maconha é a droga ilícita mais utilizada no mundo.

Descrição da Planta

Nome: Maconha
Origem do Nome:
do Quimbundo* MA’KAÑA, que significa erva santa
Nome Cientifico: Cannabis sativa ( lia-se: kânabis sativa)
Família: Canabáceas
Origem: Àsia Central ou Oriente Próximo
Formas de Uso:
Pode ser usada como fumo ou por ingestão
Principio ativo:
THC (Tetrahidrocanabiol)
Descrição:
Planta arbustiva, possui folhas em forma serrilhada e verdes.
Pode atingir ate 2,50 metros de altura.
Status Legal: proibido uso, trafego e comércio.

Formas de uso

A maconha é usada como fumo da folhas e algumas vezes da flor da planta. O haxixe uma outra forma do narcotico é proveniente da maconha com a diferença de que se utiliza a resina que cobre as folhas e flores da parte superior da planta. O haxixe é mais potente que a maconha por ser um extrato.
Há algum tempo surgiu uma nova variedade de maconha chamada ''shunk'' ou ''supermaconha''. Estes apresenta um teor de THC de 33%. Seus efeitos são 10 vezes mais potentes que a maconha comum.

Princio Ativo

São mais de 60 substâncias que se encontram presentes na maconha, chamadas pelo nome genérico de canabióides. O tetrahidrocanabiol é a substância preponderante e o principal princípio ativo da maconha. Também é conhecido o delta 9 tetrahidrocanabiol. Sua concentração pode se de 1% a 5% na maconha comum e de até 33% no skunk.

Mecanismo de ação

Onde a droga aje

1 - Cortex frontal
controla o comportamento
a euforia tem origem aqui.

2-Nucleo acumbens
pode sediar o mecanismo
que causa dependencia.

3- Hipocampo
é o setor que guarda informações
Se atingido perde-se a memória

4-Cerebelo
Responde ás alterações da
coordenação motora.


Quando um psicotrópico chega ao cérebro, estimula a liberação de uma dose extra de um neurotransmissor, provocando as sensações de prazer. À medida que o uso vai se prolongando, o organismo do usuário tenta se ajustar a esse hábito. O cérebro adapta seu próprio metabolismo para absorver os efeitos da droga. Cria-se, assim, uma tolerância ao tóxico. Desse modo, uma dose que normalmente faria um estrago enorme torna-se em pouco tempo inócua. O usuário procura a mesma sensação das doses anteriores e não acha.

Quando um psicotrópico chega ao cérebro, estimula a liberação de uma dose extra de um neurotransmissor, provocando as sensações de prazer. À medida que o uso vai se prolongando, o organismo do usuário tenta se ajustar a esse hábito. O cérebro adapta seu próprio metabolismo para absorver os efeitos da droga. Cria-se, assim, uma tolerância ao tóxico. Desse modo, uma dose que normalmente faria um estrago enorme torna-se em pouco tempo inócua. O usuário procura a mesma sensação das doses anteriores e não acha.

Efeitos no organismo

Ao chegar na corrente sangüínea, a maconha passa por todos os tecidos do organismo. As sensações experimentadas variam com o teor de Delta 9THC das preparações (que varia de acordo com a parte da planta utilizada e o modo como são preparadas), via de introdução e absorção do Delta 9THC. Os efeitos variam muito de indivíduo para indivíduo e dependem da personalidade e mesmo do grau de experiência do indivíduo no uso da droga.

Os efeitos são os mais diversos possíveis, a seguir listados, estão alguns efeitos e males causados pelo uso da maconha:

A curto prazo, os efeitos comportamentais típicos são:

-período inicial de euforia (sensação de bem-estar e felicidade, seguido de relaxamento e sonolência).
-quando em grupo, ocorrem risos espontâneos
(risos e gritos imoderados como reação a um estímulo verbal qualquer).
-perda da definição de tempo e espaço: o tempo passa mais lentamente (um minuto pode parecer uma hora ou mais), e as distâncias são calculadas muito maiores do que realmente são (um túnel de 10 metros de comprimento.
Pôr exemplo pode parecer ter 50 ou 100 metros).
-coordenação motora diminuída: perda do equilíbrio e estabilidade postular.
-alteração da memória recente.
-falha nas funções intelectuais e cognitivas.
-maior fluxo de idéias
-pensamento mais rápido que a capacidade de falar,
dificultando a comunicação oral, a concentração, o aprendizado e o desenvolvimento intelectual.
-idéias confusas.
-aumento da freqüência cardíaca (taquicardia).
-hiperemia das conjuntivas (olhos vermelhos).
-aumento do apetite (especialmente por doces) com secura na boca e garganta.

Doses mais altas de podem levar a:

-alucinações, ilusões e paranóias.
-pensamentos confusos e desorganizados.
-despersonalização.
-ansiedade e angústia que podem levar ao pânico.
-sensação de extremidades pesadas.
-medo da morte.
-incapacidade para o ato sexual (até impotência).

A longo prazo, a extensão dos danos, bem caracterizados,se restringem ao sistema pulmonar e cardiovascular.

-maior risco de desenvolver câncer de pulmão.
-diminuição das defesas, facilitando infecções.
-dor de garganta e tosse crônica.
-aumenta os riscos de isquemia cardíaca.
-percepção do batimento cardíaco.

Toxicidade

Cannabis é amplamente usada pelos seus efeitos psicológicos e os canabinóides psicoativos mais importantes é Δ9-tetrahidrocanabinol. A toxicidade da cannabis é dose-dependente e, quando utilizado recreativa depende, em grande medida, da experiência do usuário e do grau de tolerância. Os efeitos também podem ser afetados por depressores do SNC tomadas ao mesmo tempo.

Os efeitos psicológicos produzidos por baixas doses de cannabis incluem calma, euforia, relaxamento, sonolência, sensação de bem-estar, maior consciência sensorial, e alterações na percepção de tempo, espaço, cor, ou som. A sedação pode ocorrer algum tempo depois, após os primeiros efeitos. Reações de ansiedade ou pânico também podem ocorrer em baixas doses.

Como o nível de intoxicação aumenta, o usuário que ele pode experimentar sentimentos de despersonalização, desorientação, diminuição da inibição, alteração do humor, diminuição da memória e dificuldade em manter a atenção. Os sintomas de intoxicação pesados incluem incoordenação, ataxia, espasmos musculares esqueléticas, e fala arrastada. Desconfiança, disforia, a concentração de pobres, diminuiu o tempo de reacção, letargia, sedação e também podem ocorrer. O medo, ataques de pânico em pacientes apreensivos, alucinações e paranóia ou psicose passageira também foram relatados.

Cannabis, além disso, afeta diversos sistemas fisiológicos do corpo e sintomas de intoxicação incluem taquicardia, palpitações, fibrilação atrial paroxística e hipotensão ortostática; risco de vida taquicardia ventricular pode ocorrer após doses elevadas. Diminuição da pressão intra-ocular hiperemia conjuntival, tosse, boca seca, aumento do apetite, e motilidade intestinal reduzida também têm sido relatados.

A toxicidade da cannabis é aumentada com o uso intravenoso. Distúrbios gastrointestinais têm sido relatados, incluindo náuseas e vómitos, dores abdominais e diarréia. Outros sintomas incluem dores de cabeça, calafrios, febre, dispnéia, irregularidades cardiovasculares, icterícia, choque, coagulação intravascular disseminada, insuficiência renal e morte. Ingestão de maconha por crianças é potencialmente fatal. Midríase, hipotonia, hiporreflexia, ataxia, hipotermia, taquicardia, depressão respiratória, sonolência, estupor e coma foram relatados.

O uso crônico de maconha foi relatado para reduzir a resistência à infecção, produzir neurotoxicidade persistentes, e os agentes cancerígenos presentes na fumaça da cannabis aumentar potencialmente o risco de câncer. No entanto, há pouca evidência conclusiva para os efeitos em longo prazo da maconha.

Tem sido presumido que a canabis afeta a condução, pois de tempos de reação retardada, efeitos sobre a cognição e alterações de percepção, embora não haja evidências conclusivas para este efeito, e não foi possível correlacionar a concentração sangüínea de cannabis com níveis específicos de desempenho de dirigir alcoolizado.

Os riscos de descontaminação gastrintestinal após a ingestão de cannabis podem compensar os benefícios se o paciente estiver sonolento ou agitado. No entanto, o carvão ativado tem sido recomendada na primeira hora após a ingestão de uma dose potencialmente tóxica.
Ipecacuanha dada no prazo de 30 a 90 minutos da ingestão tem sido utilizado como uma alternativa. Tratamento de uma sobre dosagem ou de toxicidade aguda após a ingestão ou inalação de produtos de cannabis é sintomático e de suporte. Os adultos costumam exigir pouco mais de tranqüilidade a toxicidade clínica raramente é grave e a recuperação geralmente ocorre espontaneamente em algumas horas. Os doentes devem ser monitorados durante 6 horas após a injeção intravenosa de produtos de cannabis. As crianças também devem ser observados durante 6 horas após a ingestão. Pacientes agitados podem exigir sedação com diazepam; lorazepam ou midazolam também têm sido utilizados. Haloperidol ou ziprasidona são alternativas às benzodiazepinas.

Postado por Vanessa Tomazelli e Gabriela Leite Nabhan