quarta-feira, 9 de junho de 2010

Cocaína e crack


O crack é feito da cocaína, uma droga em pó derivada das folhas da planta de coca, cultivada principalmente na América do Sul.A cocaína foi extraída das folhas de coca pela primeira vez no século XIX. Naquela época, era usada para propósitos medicinais em bebidas, e a história é verdadeira: a Coca-Cola teve cocaína em sua fórmula. No final do século XIX, a cocaína também era usada como anestésico e para prevenir sangramentos excessivos durante cirurgias. No século seguinte, as pessoas começaram a perceber que a cocaína era um narcótico viciante, e o uso da droga com finalidades não-medicinais tornou-se ilegal com a aprovação Harrison Narcotics Tax Act (site em inglês), uma lei contra os narcóticos, em 1914.

Cocaína em ......................................... Crack


A fórmula química da cocaína é C17H21NO4.



A cocaína se apresenta sob diversas formas:

· Cloridrato de cocaína: sob a forma de pó, pode ser aspirado ou dissolvido em água, para uso endovenoso;

· Pasta de coca: utilizada para a manipulação do crack e também fumada, em forma de cigarros;

· Crack: pedras resultantes da mistura da pasta de cocaína com bicarbonato de sódio (o que permite a combustão), que são fumadas em cachimbos;

· Merla: mistura, também fumada em cachimbos, porém pouco utilizada em São Paulo.

O usuário de cocaína inalada ou injetável inicia o uso do crack, basicamente, por três motivos:

· Dificuldade em encontrar cocaína pura ou com pouca mistura;

· O preço, mais baixo que o da cocaína em pó;

· O efeito mais rápido da droga.


A ação da cocaína no cérebro



Cocaína e crack são drogas psicoativas que provocam alterações cerebrais muito importantes. Aspirada, fumada ou injetada na veia, a cocaína se distribui pelo corpo e age em todo o organismo, mas sua ação no cérebro é responsável pelo efeito que provoca dependência.

No cérebro há cem bilhões de neurônios, células características do sistema nervoso que possuem um corpo central e inúmeros prolongamentos ramificados, os dendritos. Através deles, o estímulo é transmitido de um para outro neurônio. Estes não se ligam, porém, como os fios elétricos. Entre eles existe um pequeno espaço livre chamado sinapse onde várias substâncias químicas são liberadas e absorvidas. Uma das mais importantes é a dopamina. Quando surge o estímulo que dá prazer, por exemplo, a dopamina cai no interior da sinapse e, como a chave que entra numa fechadura, penetra nos receptores do neurônio seguinte e transmite a sensação de prazer. A dopamina que sobra na sinapse é reabsorvida pelos receptores da membrana do neurônio que emitiu o sinal e a sensação de prazer desaparece.

O que acontece quando a pessoa fuma, injeta ou cheira cocaína? A droga entope os receptores que reabsorvem a dopamina, deixando-a por mais tempo na sinapse e perpetuando a sensação de prazer.


Toxicidade

As doses tóxicas são muito variáveis e a toxicidade vai depender principalmente:

• da tolerância individual;
• da via de administração (aspirada, fumada, injetada, body packers, body stuffers);
• do uso concomitante de outros fármacos: interações com álcool (cocaetileno), heroína (speed ball) e outros agentes (inibidores da acetilcolinesterase).

Efeitos

Os efeitos da cocaína quando cheirada demoram de 1 a 2 minutos para começarem, e se prolongam por 30-40 minutos. Se for introduzida na veia ou fumada, os efeitos aparecem instantaneamente, mas duram pouco mais de 10 minutos, após isso vem a depressão.

Lista de efeitos:
- Sensação de estar mais forte, inteligente, enérgico, ativo
- falta de apetite
- ansiedade
- sensação de estar sendo perseguido/observado
- agressividade
- desejo sexual
-
impotência sexual
- aceleração dos bat
imentos cardíacos
- pupilas dilat
adas
Se o usuário utilizar a cocaína em altas doses, ele poderá ter:
- convulsões
- dor de cabeça
- tonturas
- perda de interesse por sexo
- ataques cardíacos
- overdose
- psicose (alucinações, ouvir vozes, etc)
- derrame cerebral (AVC), pode ocorrer em pequenas doses também!
Por causa de seus efeitos curtos, o usuário logo procurará a droga novamente, começando o ciclo do vício (fumar-depressão-fumar-depressão-fumar..).


Postado por Cinthia Bortolini e Greycielly Ferreira.

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